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Imagem: Produção Ilustrativa / Folha Política |
O abandono do programa Mais Médicos pelo governo de Cuba gerou reações de militantes de extrema-esquerda e setores alinhados da imprensa, que lamentaram a partida dos profissionais de saúde cubanos e profetizaram verdadeiras tragédias no setor de Saúde brasileiro. Os militantes, no entanto, estão sendo questionados sobre que motivos os levam a defender a escravidão dos cubanos.
Ouça:
O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, questionou as motivações dos militantes e perguntou por que não se importam com os direitos humanos dos profissionais, submetidos a regime de escravidão. Carlos Bolsonaro disse: “Até agora todos os apelos por recuo em relação ao Mais Médicos foram feitos ao Bolsonaro, que só pediu liberdade aos cubanos e pagamento integral de seus salários. Por que ninguém está questionando a ditadura cubana por não aceitar respeitar os direitos humanos dessas pessoas? Está cada vez mais claro que o programa é usado como pretexto para financiar fortemente e regularmente a ditadura, tudo na base da exploração desumana”.
O advogado e professor de Direito Dário Júnior esclareceu que o contrato com a ditadura cubana era inconstitucional e violava os direitos dos profissionais de saúde: “Tirante as justificadas dúvidas sobre a aptidão dos profissionais, o contrato feito com Cuba para o Programa Mais Médicos era absolutamente INCONSTITUCIONAL pois implantava uma ESCRAVIDÃO em solo brasileiro. Seu fim significa um up grade civilizatório. Um médico Argentino do “Mais Médicos” é remunerado em 10 mil reais pelo Estado brasileiro e embolsa 10 mil. Médico Cubano no mesmo programa é também remunerado em 10 mil e só embolsa 3. O resto vai para a ditadura. Se essa excrescência não é ESCRAVIDÃO, nada mais é”.
O procurador Ailton Benedito lembrou que o Ministério Público questiona há cinco anos o contrato com a ditadura cubana. Benedito relatou: “Há 5 anos, o Ministério Público do Trabalho entrava com ação civil pública contra Mais Médicos. Entre os pedidos estavam o reconhecimento da relação de trabalho e a isonomia salarial entre todos os profissionais do programa. A ação do Ministério Público do Trabalho contra o programa Mais Médicos pedia, ainda, a suspensão imediata dos repasses ao governo de Cuba ou à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), além de tratamento isonômico que respeitasse os direitos sociais trabalhistas previstos na legislação brasileira. A ação civil pública do MPT contra as ilicitudes no programa Mais Médicos permaneceu três anos discutindo a competência jurisdicional no âmbito da Justiça do Trabalho, até ser encaminhada à Justiça Federal no DF em 10/5/2017”.
O jornalista Felipe Moura Brasil, do site O Antagonista, resumiu a suposta polêmica: “Se você diz defender democracia, mas defende que uma ditadura use familiares como reféns para impedir que profissionais atuantes no exterior fujam e deixem de financiá-la com a maior parte do salário pago por outro governo pelo trabalho deles, você é um patife ou tremendo idiota”.
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Correio do Poder