![]() | |
Imagem: Lunaé Parracho/Reuters |
Os índios da etnia kaapor que agrediram e expulsaram madeireiros ilegais de suas terras há um mês, no Maranhão, dizem que não "aguentavam mais" pedir ajuda e que, por isso, resolveram agir por conta própria.
A afirmação é de Itahu Kaapor, 32, que representa os quase 2.000 kaapor da Terra Indígena Alto Turiaçu.
Segundo ele, os índios criaram um "exército de selva" com 150 integrantes e farão nova investida contra madeireiros neste mês.
"Estamos em guerra. E nós enfrentamos [os madeireiros] mesmo, porque ninguém quer nos ajudar. A gente não aceita mais isso. A Funai [Fundação Nacional do Índio] nos deixou há meses, então resolvemos agir. Estamos fazendo o que o poder público deveria fazer", disse o índio.
No início de agosto, 16 madeireiros que trabalhavam ilegalmente na terra indígena da etnia kaapor foram amarrados, agredidos e tiveram membros fraturados por 50 índios guerreiros.
Procurada para comentar o caso, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República não respondeu.
"Eles [madeireiros] nem falavam nada, só mostravam ter medo. [Os índios] bateram muito neles, muito. Saíram quebrados, com braço e perna quebrado. Soltaram na floresta. Não sabemos se sobreviveram", disse Itahu, que diz não ter participado da ação.
O líder kaapor disse que os problemas envolvendo madeireiros aumentaram nos últimos dois anos, com ameaças, agressões e outros episódios violentos. Em janeiro deste ano, índios foram recebidos a tiros e dois se feriram.
Um processo que se arrasta desde 2008 na Justiça Federal obrigou Funai, Ibama e União a patrulhar a região para evitar o avanço da exploração ilegal de madeira –todos recorrem da decisão.
O Ibama diz que recorre porque "o Judiciário não pode pedir a criação de postos sem que exista orçamento". Diz ter feito quatro operações na área após o alerta da Procuradoria. A Funai afirma que tem fiscalizado a região. Informou ainda, sem citar a razão, que recorre da decisão judicial, e que o número de agentes é "insuficiente para atender a demanda".
General diz que militares estão dispostos a dar a vida para 'salvar o Brasil da dominação comunista'
General ignorado pela grande mídia denuncia que José Dirceu foi financiado por Fidel Castro
General pede que Dilma dê explicações sobre atentado a bomba que matou Kozel Filho em 1968
Coronel afirmou, semanas antes de ser assassinado, que Lula mandou matar dois sindicalistas; veja
General ignorado pela grande mídia denuncia que José Dirceu foi financiado por Fidel Castro
General pede que Dilma dê explicações sobre atentado a bomba que matou Kozel Filho em 1968
Coronel afirmou, semanas antes de ser assassinado, que Lula mandou matar dois sindicalistas; veja
BASE DE TREINAMENTO
Em fevereiro, o Ministério Público Federal no Estado alertou os órgãos sobre a iminência de conflitos na área.
"Ninguém vigia nada, e os madeireiros começaram a entrar em todo lugar. Então criamos uma aldeia que serve de base de treinamento para nossos guerreiros", afirmou Itahu, por telefone.
Desde então, começaram a traçar táticas e aprofundar o treinamento de jovens indígenas de 18 a 25 anos.
O confronto do mês passado começou, disse Itahu, quando um dos índios ouviu o barulho de máquinas e localizou a área desmatada.
Em poucas horas, armados com flechas e paus, os índios cercaram e espancaram os 16 madeireiros. Queimaram seis caminhões, quatro tratores e a madeira encontrada.
O líder ironiza o fato de não terem acionado a polícia. "Para quê? Eles levam para a cidade, soltam e no outro dia estão de volta", afirmou.
A próxima investida, diz o índio, será neste mês, para fechar as duas últimas estradas ainda usadas por madeireiros dentro da terra kaapor.
Veja também:
Em enquete com 862 mil votos, 80,2% creem que Regime Militar evitou que Brasil fosse dominado pelo comunismo
Candidatura do General Heleno à presidência já tem mais de 5,7 milhões de apoiadores, diz IstoÉ
General Rômulo Bini diz que Exército não pedirá desculpas pelo Regime Militar
Site criado por estudiosos estima que comunismo matou mais de 100 milhões no mundo
Governo Dilma quer doar 25 viaturas blindadas de combate para o Uruguai; ‘mimo’ custará R$350 mil ao Brasil
Candidatura do General Heleno à presidência já tem mais de 5,7 milhões de apoiadores, diz IstoÉ
General Rômulo Bini diz que Exército não pedirá desculpas pelo Regime Militar
Site criado por estudiosos estima que comunismo matou mais de 100 milhões no mundo
Governo Dilma quer doar 25 viaturas blindadas de combate para o Uruguai; ‘mimo’ custará R$350 mil ao Brasil
LUCAS REIS
DE MANAUS
Folha de S. Paulo
Editado por Correio do Poder